sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sobre o que fica.

Quando tudo acaba, mas não tem ponto, a gente tenta partir. Mas não há como partir se os corpos ficaram. Os corpos ficaram. Na pele, no pelo. É um cheiro estranho. Não defino. Um cheiro de sorriso inteiro, de mãos passeando, de  bocas e cabelos se esbarrando. É um cheiro de um sorriso cansado após tanto o corpo falar. Eu não pude levar vocês. Eu tentei ser em outro lugar, mas o banho não bastou. Na pele ainda sua o risco de vocês. Mais um encontro é preciso.

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